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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS DO VIII ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH | PI

Simpósio Temático 01: História, Cidades e Memória.
Dr. Raimundo Nonato Lima dos Santos (UFPI); Dr. Francisco Alcides do Nascimento (UFPI)

Ementa: O simpósio visa a socialização de pesquisas que tomam a cidade como objeto de estudo e reflexão, por meio de registros memorialísticos. Nessa perspectiva, a cidade não é vista apenas como palco de eventos históricos, ela também se faz protagonista de ações, uma vez que o elemento síntese que a constitui é a aglomeração humana. Neste agrupamento humano, as relações de poder se estilhaçam em múltiplas gentes, espaços e tempos e se expressam em diferentes modos de ser e existir, configurando o ethos urbano. Assim, com base em Sandra Pesavento (2007), entendemos que a cidade pode ser interpretada por meio de sua materialidade, sociabilidade e sensibilidade. Esperamos reunir neste simpósio os estudos sobre bairros, praças, ruas, prédios, lugares e não lugares, cidades visíveis e cidades imaginárias, em diferentes tempos e espaços, que têm como fonte principal, relatos orais. Esses estudos também podem discutir o viver urbano em períodos de governos autoritários, do passado e do presente, apontando, as transformações dos espaços e das gentes, nas suas caminhadas pela cidade, como reflexos dessas ideologias governamentais vigentes.
Palavras-chave: História e Memória. História e Cidade. Subjetividades urbanas.


Simpósio Temático 02: Patrimônio cultural, sujeitos e democracia nas políticas de salvaguarda.
Dr. Valério Rosa de Negreiros (UESPI)

Ementa: O Simpósio Temático tem como objetivo reunir trabalhos que sintetizem experiências da construção histórica do Patrimônio cultural em suas diversas formas de apreensão, tais como: processos de escolha e seleção de bens tombados como patrimônio em seus diferentes contextos; Atuação de agentes e instituições em nível federal, estadual ou municipal; Narrativas e investigações de natureza histórico-documental que permitam a caracterização e análise da historicidade do patrimônio e de suas políticas de memória; reflexões sobre o pensamento decolonial e seus impactos políticos na concepção de salvaguarda ao longo dos últimos anos.
Palavras-chaves: História; Patrimônio Cultural; Políticas de Salvaguarda.


Simpósio Temático 03: A assistência na história da saúde e das doenças: atores, práticas e instituições.
Dra. Joseanne Zingleara Marinho (UESPI/UFPI); Dra. Lívia Suelen Sousa M. Meneses (UFPI)

Ementa: A historiografia tem demonstrado ser particularmente útil no que se refere à identificação de padrões, permanências e descontinuidades nos âmbitos do ideário e das iniciativas que se referem à saúde (FEE; BROWN, 1997). É relevante observar que desde os anos 1980 no Brasil “[...] as pesquisas no campo da história da saúde e das doenças têm apresentado pautas inovadoras para a análise das sociedades em uma continuidade temporal.” (MARINHO; SANGLARD, 2021, p.11). Considerando esse panorama, é que este simpósio temático tem como finalidade congregar produções acadêmicas de pesquisadores, que abordem a atuação da assistência à saúde como resultado da atuação de associações privadas e poderes públicos, cujas articulações acabaram adquirindo diversos contornos específicos, conforme os propósitos sociais que se estabeleceram historicamente entre diferentes sujeitos, espaços e temporalidades. Interessa, assim, estabelecer um espaço de debate para pesquisas que tratem acerca da assistência, em sua vinculação à história da saúde e das doenças, por meio de temas como: instituições como hospitais, dispensários, asilos e sanatórios, que sejam voltadas para o atendimento de pobres, crianças, mulheres e idosos; a atuação de médicos, farmacêuticos e enfermeiros; as práticas de cura por agentes não diplomados; as iniciativas governamentais e privadas em prol da saúde pública; os usos, as representações, as apropriações e as ressignificações dos conhecimentos e iniciativas de cura, bem como de prevenção sanitária. Além de pesquisas na área de história, este simpósio temático contempla trabalhos de áreas disciplinares e institucionais afins, tais como enfermagem, jornalismo, biologia, políticas públicas e medicina, no tocante à maneira como suas produções discursivas e técnicas foram constituídas e executadas.
Palavras-chave: História da saúde e das doenças. Assistência públicas. Iniciativas particulares.


Simpósio Temático 04: Ensino de História e Educação Democrática: currículo, formação docente e práticas pedagógicas.
Dra. Carla Silvino de Oliveira (UFPI)

Ementa: Este simpósio temático agrega trabalhos de pesquisa e relatos reflexivos de experiências docentes no campo do Ensino de História articuladas à história do ensino de história, à formação docente e às práticas pedagógicas, no contexto da cultura escolar e não-escolar, com o compromisso pelo pluralismo democrático, pela valorização do pensamento científico e pela garantia do direito à educação. Dessa maneira, aceitam-se trabalhos que se debrucem sobre disciplina escolar no Brasil, as relações entre a produção do conhecimento histórico e as práticas da história escolar, a educação histórica, a cultura escolar, currículo, os saberes e as práticas docentes produzidas no espaço escolar e em outros contextos – como museus, memoriais, centros culturais, oficinas, ambientes virtuais, bem como as questões relacionadas aos processos de formação do professor-pesquisador através do uso metodologias de ensino e pesquisa que envolvem as diferentes linguagens e fontes históricas no ensino de história e a produção de materiais didáticos. Enfim, o simpósio também acolhe trabalhos que tenham como objeto de pesquisa o ensino de história e suas interfaces com a aprendizagem e formação histórica, nas diferentes etapas da educação básica: anos iniciais e finais do ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos – EJA.
Palavras-chave: Ensino de história, formação docente e práticas pedagógicas.


Simpósio Temático 05: Fontes, sujeitos e perspectivas historiográficas nos estudos sobre a História do Império português (séculos XVI – XIX).
Dr. Rafael Ricarte da Silva (UFPI)

Ementa: Este Simpósio Temático pretende reunir pesquisadores, estudantes e demais interessados na História do Império português entre os séculos XVI e XIX. Almeja-se congregar estudos sobre: as dinâmicas ultramarinas da monarquia lusitana no contexto colonial; as hierarquias sociais estabelecidas; a composição e os arranjos familiares; as relações entre os povos nativos e os colonizadores; as políticas indígena e indigenista; as trajetórias política, administrativa, religiosa e militar dos agentes coloniais; as redes de poder  político-econômicas formadas pelos conquistadores; o processo de conquista e expansão territorial pela política sesmarial; a justiça e a ordenação social nos sertões; os espaços de negociação; a dimensão cultural e religiosa; o aspecto do trabalho e as atividades econômicas desenvolvidas; e pesquisas sobre acervos documentais e metodologias de trabalho com as diversas tipologias de fontes acerca do Brasil Colônia. Desta forma, objetiva-se contribuir com o debate historiográfico sobre a sociedade na América lusa a partir do estreitamento de diálogos entre a historiografia brasileira sobre o período colonial e a historiografia lusitana sobre o Império português moderno.
Palavras-chave: Império português; Relações de poder; Conquista e Territorialidades.


Simpósio Temático 06: História, cultura e subjetividades: diálogo teóricos e historiográficos.
Dr. Edwar de Alencar Castelo Branco (UFPI); Dr. Fábio Leonardo Castelo Branco Brito (UFPI)

Ementa: Desdobramento de encontros anteriores do grupo de pesquisa História, Cultura e Subjetividades (DGP/CNPq), agora em conexão com o GT Nacional de Teoria da História e História da Historiografia, este simpósio se propõe a discutir questões referentes à escrita da História e, por consequência, às diferentes modalidades de abordagem do passado. Espera-se que o simpósio favoreça uma reflexão sobre as múltiplas estratégias através das quais nós, os historiadores, apropriamo-nos de objetos tais como músicas, filmes, impressos, etc. e, ao narrá-los, os transformamos em fatos históricos. Imagina-se que será possível reunir variados estudos incidindo sobre a narrativa histórica como uma das dimensões acontecimentais da história, bem como de seus desdobramentos nos campos das letras e das artes. Se a História é um discurso sobre o passado, o que torna possível repensá-la continuamente (JENKINS, 2007), os debates no interior do simpósio poderão ser, por um lado, articulados à ideia de que, entre “incertezas e inquietudes” (CHARTIER, 2002), a História tende, crescentemente, a se abrir a novas referências temáticas, enquanto, por outro lado, ao se reconhecer como uma proto-arte, a qual oscilaria entre os critérios de cientificidade e as exigências estéticas de seu discurso, a História poderia, finalmente, pensar sobre um “mundo verdadeiro das coisas de mentira” (PESAVENTO, 2002) sem se sentir necessariamente à beira do precipício.
Palavras-chave: História; Cultura; Subjetividade; Teoria.


Simpósio Temático 07: História, resistência e democracia: Pesquisa e Ensino.
Dra. Cláudia Cristina da Silva Fontineles (UFPI)
 
Ementa: Em 2024, faz sessenta anos do golpe civil-militar que instalou uma ditadura cruel e severa no Brasil, entre tantas tentativas e efetivações de golpes, mas que ainda é muito pouco estudado e entendido pela sociedade brasileira, a ponto de haver quem manifeste apoio aos defensores de governos de exceção. O presente Simpósio Temático visa discutir e socializar pesquisas acadêmicas - fundamentadas no rigor teórico- metodológico - que abordem manifestações de opressão e de resistência em defesa da democracia, seja em períodos de governos reconhecidamente de exceção ou em momentos históricos de fragilidades institucionais, com medidas de exceção dentro do Estado democrático. Visamos contemplar os estudos sobre as experiências ditatoriais e suas repercussões, bem como as lutas contra o autoritarismo e em prol da democracia – ainda muito fragilizada pelas práticas autoritárias difundidas em nossa sociedade. Este ST visa contemplar as variadas pesquisas que abordam as diferentes formas e linguagens de resistência e seus registros para a história, seja no âmbito político, artístico e cultural; nos espaços urbanos ou no campo. Também propomos discutir as interferências dos períodos de golpes na educação brasileira e no ensino de História, assim como as experiências de ensino da História que abordam as configurações históricas relacionadas às rupturas democráticas e as lutas contra o autoritarismo. Nesse sentido, justificamos a proposição do ST no reconhecimento de que a produção do conhecimento histórico constitui-se, entre tantos desafios, como o campo de negociações e de disputas acerca das ações humanas no tempo, especialmente as que se referem à História do Tempo Presente e suas reverberações na oficina da História. Esses combates se dão tanto no campo da produção do conhecimento científico, quanto nas formas de apropriação desse conhecimento pela sociedade, principalmente por meio das definições curriculares e de práticas de ensino do que se decide pesquisar, escrever e ensinar sobre o passado e as maneiras de fazê-lo. Esses embates intensificam-se sobremaneira em períodos cujas ameaças à democracia se manifestam por práticas sociais autoritárias, ou por discursos legitimadores dessas práticas, ou ainda por ameaças à liberdade de cátedra do ensino de História, o que, invariavelmente, tem exigido mais mobilização e resistência em sua defesa.
Palavras-chave: História do Brasil. Ditadura. Democracia. Resistência. Ensino de História.


Simpósio Temático 08: Clio (Re)Inventada: desafios e perspectivas da pesquisa e ensino de História.
Dr. Marcelo de Sousa Neto (UESPI); Dr. Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI)
 
Ementa: A pesquisa e o ensino de História está em constante (re)invenção, mediante desafios que surgem, conforme temporalidades e espacialidades múltiplas. Nesse constante devir, a pesquisa se depara com novos objetos, novas perspectivas e novo problemas, como já elencaram Jacques Le Goff e Pierre Nora (1988), com seus colaboradores. As adversidades que a História e o Historiador enfrentam vão para além da dimensão acadêmico-científica, com as reformulações de metodologias e debate de novas teorias, conceitos, categorias. Como alertava Eric Hobsbawm, o trabalho do historiador é comparável aos efeitos e alcances de uma bomba atômica, podendo ter resultados devastadores, quando os seus usos estão a serviço das disputas de relações de poder. O Historiador deve atentar para o seu papel social e político, lutando pelos direitos da sociedade ao conhecimento da História e da Memória. Os ataques à História e ao Historiador são oriundos de vários discursos e práticas que intentam, de forma geral, impedir que todos possam ter consciência histórica. Nesse enfrentamento, os combates pela História, cuja bandeira foi bem representada por Lucien Febvre (1989) e Marc Bloch (2001), seguem pelas trincheiras dos Arquivos, dos Museus, das Cidades, das múltiplas instituições públicas e privadas, das Universidades, das Escolas. O Historiador deve incorporar, em suas práticas profissionais, como pesquisador e/ou como professor, as dinâmicas engendradas pelas estratégias e táticas, como destacou Michel de Certeau (1994). As pesquisas e as escritas da/na/em História devem, em larga medida, contemplar o seu maior lócus de interlocução: os espaços de ensino. A provocação feita por Jaime Pinsky (2013), sobre as razões do amor pela História, perpassa pelo compromisso com as ressonâncias do ofício do Historiador. Por esse diapasão, o presente Simpósio receberá trabalhos e estudos que tragam reflexões sobre as pesquisas, ensino e as escritas da História, (re)pensando as suas contribuições para a construção da consciência histórica, em suas interconexões com a Memória, a Cidade, a Política, as relações de Gênero, a Literatura, as Imagens e a Educação.
Palavras-chave: História. Ensino. Pesquisas. Escritas. Educação.


Simpósio Temático 09: Guerras do Século XIX ao XXI: História, Memoria, Historiografia e Fontes.
Dr. Johny Santana de Araújo (UFPI); Dra. Maria Regina Santos de Souza (UESPI)
 
Ementa: Do século XIX ao XXI o mundo assistiu envolvimentos militares notáveis, desde os conflitos que personificaram a fundação dos estados nacionais até o final do século XX e a sua redefinição, com muitas guerras e conflitos importantes nos anos seguintes do atual século XXI. Essa afirmação pressupõe que as sociedades humanas sejam em grande parte produto da violência de guerra, mesmo que as representações tradicionais da história levem a imaginá-las como resultado de múltiplas iniciativas realizadas em tempos de paz. Entendemos que há uma pluralidade de possibilidades de estudos o que levou a uma salutar interdisciplinaridade tornada possível graças a revisão dos tradicionais paradigmas teórico-metodológicos no campo da História Militar, fruto de uma ruptura ocorrida na segunda metade do século XX, o que possibilitou a ampliação das categorias conceituais aplicadas as análises desenvolvidas, levando ao surgimento de uma Nova História Militar. Assim o GT de História Militar da Anpuh-PI pretende com essa proposta alargar os estudos sobre um campo em franco estado de renovação, e convidamos os colegas historiadores para proporem comunicações que versem sobre os mais diversos aspectos da história militar e das guerras, e que destaquem questões a partir da memória, da historiografia, das fontes e do patrimônio.
Palavras-chave: História Militar; Guerras; Fontes.


Simpósio Temático 10: História das Infâncias e Juventudes.
Dr. Thiago Reisdorfer (UESPI); Vanessa Soares Faria Negreiros (UESPI)

Ementa: A problematização de dimensões da infância e da juventude enquanto fenômeno social e histórico tem se tornado uma questão rica no âmbito da academia. Análises sociológicas, antropológicas, educacionais e históricas, aprofundam e complexificam análises sobre estas experiências. Neste sentido, este Simpósio Temático, busca contribuir para o debate de múltiplas dimensões das infâncias e juventudes na e a partir da História. Se buscamos partir do lugar de historiador, propomos um diálogo marcado pelas possibilidades da interdisciplinaridade, entendendo que as experiências infanto-juvenis são plurais, densas, demandando esforços dialógicos que permitirão perceber e analisá-las de maneira mais complexa, favorecendo uma compreensão que ultrapasse as barreiras disciplinares tradicionais. Desta forma, pensar a produção desta categoria em diferentes temporalidades e espacialidades, é uma das possibilidades que colocamos para este Simpósio. Pensamos também, que crianças e jovens, são sujeitos históricos, não apenas “fases” ou momentos de “preparação para a vida adulta”. A partir desta perspectiva, propomos debater diferentes experiências infanto-juvenis, tais como: movimentos sociais, políticos, culturais; sociabilidades; espaços de aprendizado e formação, escolas, universidades, grupos juvenis; corpos e corporeidades; cultura, cotidiano, cidade, vida rural, políticas públicas, gênero, etnicidades, violência, sentimentos, emoções, representações, entre outros. Interessa-nos ainda a possibilidade de debate de questões teóricas e metodológicas pertinentes aos estudos sobre infâncias e juventudes. Dessa forma, nos colocamos abertos a diferentes trabalhos/experiências acadêmicas que tenham nas crianças e nas juventudes seu olhar privilegiado.
Palavras-chave: Infâncias, Juventudes, História e Interdisciplinaridade.

 

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